sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Tira de mim o fardo
Um corpo estranho nadando contra a imensidão do mar da vida. O erro é meu. Os defeitos são meus. Alcanço a redenção se assim admitir sempre? Alcanço o paraíso se me colocar como cristo todos os dias?
O caráter e a personalidade salgada, chegam a ser amargos ao paladar materno. Não tem sido fácil não ser o que o seio de minha mãe planejou e desejou enquanto me amamentava. Sou o conjunto imprevisível de todos os erros que não se desejaria para um filho. O pior é o exagero. O pior é isso, não saber ao certo o que se é.
Se o inferno for real, admito, ele é o meu destino merecido. Não só pelo meu mau humor, mas pela minha alma amarga que se tornou. Por ir contra a vontade do Cristo, de amar o próximo como a mim mesmo e não dar o outro lado da face ao que me agride.
Não mereço a glória dos que caminharam sobre a terra sem causar nos outros a repugnância.
Sou eu a causa. O erro está em mim e admito. Não mereço o paraíso.
Desculpa mãe por não ser o que gostaria. Perdoe-me pai por ser a ovelha mau criada, que se desvia do pasto em busca de algo que nem sabe.
Por não ter a doçura, por não gostar de natal, por não comemorar aniversários, por não esperar para entregar presentes, por dormir demais, por falar muito alto, por me embriagar, por odiar o mundo em manhãs chuvosas, por deixar o sapato na porta da sala, por espalhar coisas pela casa, pela bagunça no meu quarto, pelas palavras de amor que não digo pessoalmente, eu peço perdão.
Pelo silêncio que afogo no travesseiro.
Em nossas listas de remédios secretos, estão as músicas que tocam a alma e nos fazem refletir o quanto estamos errados.
Temos a vida inteira para encarar os dragões, mas procrastinos como somos, deixamos sempre a obrigação natural de amadurecer para depois.
E o passo curto se converte. E as taças e copos de ilusão nunca secam, nunca enchem por completo.
A sua rebeldia se destaca. O mundo vive mudando e você, bem, você continua o mesmo. Sempre querendo ser o que quer. Sempre tentando fazer os outros crer que a sujeira no seu caminho é natural.
Você está tão acostumado com seus erros, que nem os percebe mais. Os dias porém, sempre reservam lapsos e visitas inesperadas do bom senso e da razão. Quando esse momento chegar, é hora de pronunciar a palavra mágica que move o céu e joga no esquecimento todo erro do pecador.
Talvez o inferno não seja um destino tão previsível assim.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
É hora de perambular

segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Segundana
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Bad day for me
terça-feira, 11 de outubro de 2011
A gente sempre tem um dia ruim.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Setembro
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Instável.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Peripércicamente...
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Troca
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Contra dição. Contra dizer.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Forever Young
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Dona significância...
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Meu conselho para você
segunda-feira, 20 de junho de 2011
In the evening
A tentativa vã de me quebrar o peito em partes, têm atormentado o meu mundo insensível ultimamente. Eu só preciso de um tempo para entender de que maneira não me privar da chance de ser feliz. E a tentativa é falha, mas tentar é um vicio.
A felicidade parece um enorme clichê. Negar creditar nisso caracteriza frieza explicita. Essa é basicamente a maior fraqueza que se pode assumir. Aprendi que aquilo que você mais renega, é no mais profundo âmago do seu ser, aquilo que mais se deseja.
Eu me nego. Eu nego a mim. Eu nego aos outros. Eu nego o que me pedem. Eu nego o que eu quero. Eu paro, eu penso, eu me viro, apago a luz e me arrependo. Corro para você. Você que é passageiro. Você que é o oposto. Você que é céu azul. Você que é vento e poupa e que combina tão bem comigo. Você que se chama destino.
Um dia após o outro revela a minha faceta mais deplorável. Revela o meu paradoxo, revela a minha contradição. Revela o meu “eu” egoísta. O “eu” desacreditado. O “eu” que ama titubear, o “eu” que ama ir, que ama ser.
Eu ouvi "eu te amo" dez vezes outro dia. Eu não acreditei é claro. Por que acreditaria?
Não posso negar que fechei os olhos e imaginei como seria se fosse verdade. E se era mesmo?
Eu procurei a possibilidade de tudo ser um sonho, enquando Led Zeppelin fazia o fundo musical e talvez mais melancolico da minha ternura. Da sua ternura.
Como eu disse, você combina tão bem comigo.
Os ventos dessa vida sopram para todas as direções, te traz vidas, te traz rostos, te entrega amores. Te entrega amores. Te entrega amores no fim do mundo? Te traz amores do fim do mundo?
Isso é uma pergunta lá do fundo da alma. Mesmo.
terça-feira, 14 de junho de 2011
I come back
Devo dizer que muita coisa mudou desde o meu último post. Talvez agora, somente agora, eu compreenda o que realmente significa a família. Talvez eu ainda esteja enganada a respeito do significado da amizade.
Os últimos meses eu tenho batizado de “tempo de escolhas”. Algumas eu sei, não fazem tanto sentido assim. Mas são as minhas escolhas que me farão chegar ao ponto certo do amadurecimento.
Entre ficar presa a pensamentos ligados a religião e a minha própria racionalidade, eu decidi ser movida a sentimento.
Eu queria poder falar sem meias palavras, mas esse não é o objetivo do blog. O que reina aqui é a metáfora. A linguagem da alma sempre é mais complicada de entender, mas usar os mesmos conjuntos de frases com que dizemos o que sentimos na alma, para perguntar quanto custa 1 kg de carne ao açougueiro é um desperdício, e é maçante. Vão te achar chato. É por esse motivo que aqui, eu relato a minha realidade com outras palavras. Eu posso ser prolixa, inculta e totalmente metafórica.
Senti falta desse lugar. Diz a poesia, que falar alivia males. Eu penso que escrever alivia almas. Alivia a minha. Desengasga, subscreve, fortalece, enxuga, ilumina, modifica, simplifica. Eu nunca fui tão boa com palavras ditas.
Nunca pensei bem na questão.