Você percebe que é forte e que todas as peripécias antes vividas são o tempero vívido da tua experiência presente.
Não se importar mais é uma dádiva. Dia após dia, fica da vez mais fácil se desfazer daquilo que já não contribui para manhãs alegres.
Nós, como mestres que somos, de complicar as coisas simples e torná-las insuperáveis. Isso ninguém no ensinou. É nato. É um vício. É um fantasma.
Indivíduos carregados de dúvidas, impasses, dilemas. Seres racionais que afirmam amores, confirmam ideais, assumem desafios, e na aurora desmentem, renegam, ignoram, renunciam e jogam por terra todas as palavras ditas. Seria estranho se fosse diferente.
Você bate na porta esperando dramaticamente que o amor abra e te convide
para entrar. Mas a maldita vida, a qual só se vive uma vez, te mostra
que há aspectos mais infames a te esperar. Inclusive a covardia. Você
entra e se joga se quiser. Ou desiste de vez.
Talvez a maior dádiva advinda do senhor tempo, seja esquecer. Talvez, a maior peripécia da vida seja transformar o hoje no passado facilmente. O tempo apaga, dizem até que ele cura. O tempo, a divindade invisível. É só uma questão de se permitir, de ser maior, menos medíocre. É só uma questão de amar um pouco mais a si mesmo.
Não consigo imaginar sorte maior do ser humano, que poder superar seus medos, e seguir adiante enquanto o mundo vai desabando sob suas costas.
O tempo vai devorando tudo silenciosamente. O amadurecimento é equivalente ao número de lembranças que você consegue superar e ao número de vida que você se permite viver.
Talvez você não tenha uma cota de tentativas. Nesse caso, tentar é sempre uma boa opção. O resto, bem. O resto, deixa que a vida cuida.
A vida sempre arranja um jeito de cruzar caminhos, e mostrar perante nossos olhos o que poderíamos ter sido, perdido, tido. E nessa lição dramática você se encontra, você reflete. Talvez seja possível ouvir alguns sussurros e risadas.
Um dia, um dia, tenha certeza. Um dia você aprenderá, que o tempo, ele cura tudo.
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