segunda-feira, 20 de junho de 2011

In the evening

A tentativa vã de me quebrar o peito em partes, têm atormentado o meu mundo insensível ultimamente. Eu só preciso de um tempo para entender de que maneira não me privar da chance de ser feliz. E a tentativa é falha, mas tentar é um vicio.

A felicidade parece um enorme clichê. Negar creditar nisso caracteriza frieza explicita. Essa é basicamente a maior fraqueza que se pode assumir. Aprendi que aquilo que você mais renega, é no mais profundo âmago do seu ser, aquilo que mais se deseja.

Eu me nego. Eu nego a mim. Eu nego aos outros. Eu nego o que me pedem. Eu nego o que eu quero. Eu paro, eu penso, eu me viro, apago a luz e me arrependo. Corro para você. Você que é passageiro. Você que é o oposto. Você que é céu azul. Você que é vento e poupa e que combina tão bem comigo. Você que se chama destino.

Um dia após o outro revela a minha faceta mais deplorável. Revela o meu paradoxo, revela a minha contradição. Revela o meu “eu” egoísta. O “eu” desacreditado. O “eu” que ama titubear, o “eu” que ama ir, que ama ser.

Eu ouvi "eu te amo" dez vezes outro dia. Eu não acreditei é claro. Por que acreditaria?

Não posso negar que fechei os olhos e imaginei como seria se fosse verdade. E se era mesmo?

Eu procurei a possibilidade de tudo ser um sonho, enquando Led Zeppelin fazia o fundo musical e talvez mais melancolico da minha ternura. Da sua ternura.

Como eu disse, você combina tão bem comigo.

Os ventos dessa vida sopram para todas as direções, te traz vidas, te traz rostos, te entrega amores. Te entrega amores. Te entrega amores no fim do mundo? Te traz amores do fim do mundo?

Isso é uma pergunta lá do fundo da alma. Mesmo.

terça-feira, 14 de junho de 2011

I come back

Devo dizer que muita coisa mudou desde o meu último post. Talvez agora, somente agora, eu compreenda o que realmente significa a família. Talvez eu ainda esteja enganada a respeito do significado da amizade.

Os últimos meses eu tenho batizado de “tempo de escolhas”. Algumas eu sei, não fazem tanto sentido assim. Mas são as minhas escolhas que me farão chegar ao ponto certo do amadurecimento.

Entre ficar presa a pensamentos ligados a religião e a minha própria racionalidade, eu decidi ser movida a sentimento.

Eu queria poder falar sem meias palavras, mas esse não é o objetivo do blog. O que reina aqui é a metáfora. A linguagem da alma sempre é mais complicada de entender, mas usar os mesmos conjuntos de frases com que dizemos o que sentimos na alma, para perguntar quanto custa 1 kg de carne ao açougueiro é um desperdício, e é maçante. Vão te achar chato. É por esse motivo que aqui, eu relato a minha realidade com outras palavras. Eu posso ser prolixa, inculta e totalmente metafórica.

Senti falta desse lugar. Diz a poesia, que falar alivia males. Eu penso que escrever alivia almas. Alivia a minha. Desengasga, subscreve, fortalece, enxuga, ilumina, modifica, simplifica. Eu nunca fui tão boa com palavras ditas.

Nunca pensei bem na questão.