segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Life is light


Gather all your plans, steps, dreams, disappointments and settle in a bag. Take your failures, your mistakes and throw in a drawer.

The bag, put it in the back, you are totally responsible for what you wish for. Take the world in your back without expectations. It is almost certain that a thousand chances to be lost, but we lost much more than that without knowing.

Take what comes ahead, a chance that is. Make love as you can. Destroy the reason many times as possible. Live it now, and it’s not a cliche, I saw that it is possible.

Leave this melody playing, dance as the compass. Do not leave anything behind.

What about the frustrations, it's like everything in life. At first it is hard to accept, but then the soul learns that there is no evil that lasts forever and neither pain that lasts forever. We have the talent to redo it.

While I'm weaving these lines, I try to teach the same to me,  that the world turns, and the story of rays never fall in the same place can only be relative.

The world does not follow a rule. There is no ready ways. In this big context the great eternal Monday, we learn with the experiences.

 The life sips you drinking are what teach you how to live it better. It is not the amount of years you live, but the intensity with which it spilled the drink purpura intoxicating and addictive that is life.

Here, you turn castaways storyteller that never have felt the salty taste of the sea. This is common, but none survives. That is why I repeat the phrase, life does not follow a rule. For this dangerous disease no prescribed remedy.

Each one finds its cure like pilgrims looking for something in the horizon. We'll tattooing soul with the experiences. Bleeds and hurts, but it is sweet and addicting.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Fuga

Não, não me diga nada agora. Faço esse pedido. Quero ouvir o silêncio na companhia de uma xícara quente de café. Quero reorganizar o caos. As vezes sobram os cacos e as descobertas. É complicado digerir tudo de uma só vez. 

Cansei. Eu só quero um café. Quente, forte e cheio de alívio. E hoje nem é lua cheia.

Fico pensando no que cada um faz para se livrar de seus demônios.

Quem canta sobre a dor do amor. Quem escreve sobre o sofrimento de nunca tê-lo sentido.

Quem bebe por não entender ao certo a diferença entre a sobriedade e a embriaguez, quem se esconde por medo de encarar a vida, quem prefere ficar no escuro, quem prefere um cigarro, quem prefere um livro, quem prefere qualquer outra forma de artificio para não ter que lidar consigo mesmo.

Onde você busca companhia para se livrar de si mesmo, e da sua razão que está sempre pronta para te acusar?

Quem compôs a dor do amor e transformou aquele sentimento que retorce o peito e te deixa sem ar em uma melodia? Quero agradecer cheia de lágrimas nos olhos.

Quem cantava a dor do amor e não canta mais. Quem sabe dos seus problemas melhor que você mesmo? Ninguém busca as alternativas erradas enganado.

 Eu prefiro escrever. É uma forma de não deixar os sentimentos da vida me corroerem por dentro.

Cada um traça sua rota de fuga.

Eu já cheguei a escutar a mesma música mil vezes. Alguns decidiram morrer.

A prateleiras estão cheias de poetas mortos.

Os bares cheios de poetas vivos e mortos.

Não importa se a fuga é momentânea. Você só quer calar a reflexão, deixar de pensar no que traz peso para a alma.

É um ciclo vicioso. É a vida aqui.

Tudo passa mesmo. O efeito da fuga e a dor também. Seja ela qual for.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Desperdiçar

Esvaziei meus bolsos hoje e percebi que não me resta mais nada além de algumas moedas de valor pequeno, e uns poemas escritos em papéis de rascunho.

Eu procurei dentro de mim algo mais que eu pudesse usar como combustível para fazer a vida valer a pena. Lá no fundo, bem escondido entre planos desfeitos, sonhos adormecidos, objetivos inalcançados, vontades abandonadas, eu encontrei algo. Um tanto tímida, e abobalhada, eu vi um punhado de vida ansiosa para ser  desperdiçada. 

Eu olhei bem dentro dos seus olhos misteriosos e pude ver uma luz acesa. Ela me disse que quer atravessar o oceano, amordaçar a razão, e afogar o medo. Ela que correr os riscos da vida e da morte. Ela deseja ser mais que uma existência que o moinho do tempo consegue corroer. 

Ela me disse que não deseja dar seus últimos suspiros acomodada em uma cadeira de balanço na varanda de uma casa cheia de gatos. Ela não quer dar seus últimos suspiros olhando a vida passar na sua porta. Concordamos em lutar por um final mais interessante, por uma mente mais rica, por uma vida mais preciosa de detalhes e vivências. Concordamos em aumentar as doses de amor, os valores da aposta, as doses de tequila, as páginas de livro, os roteiros de viagem. 

Fizemos um trato. Vamos ouvir a mesma canção milhares de vezes sem reclamar, em vários idiomas diferentes, em diversos lugares longínquos, em montanhas, em litorais, em serras, em desertos, em qualquer lugar, em qualquer momento.   

Eu quero desperdiçar minha vida. Eu quero o céu e o mar. Eu quero amar. Quero descobrir livros que nunca li, quero ouvir canções que nunca senti, quero sentir lábios que nunca toquei, eu quero gastar meu tempo. 

Quero deixar para trás as mensagens não respondidas, abandonar as expectativas. 

Encontrar um rumo, uma razão, um sentido. Quero desaprender o caminho de volta para casa. Eu sou um pouco no mundo, sou pouco demais. 

Quero desafiar as distâncias entre os mundos. Romper continentes, provar que é possível chegar ao outro lado do mundo. 

Sem malas, sem expectativas. Sem nada. Nada além de mim, meus pés e um saco vazio de vida para ser cheio.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Roteiro infinito

Existe uma matilha de gritos ferozes querendo sair. Estão presos, engasgados. Esse é um dos muitos sintomas de uma doença chamada vida. Ela é silenciosa, mas te consome vagarosamente. Ela é sutil, mas é dolorosa. 

Vivendo por aqui, na terra dos vivos, você pode sentir muito, ou sentir nada. Você pode procurar freneticamente por sofismas para alicerçar o vazio indescritível que insiste em existir. 

A verdade é que nós morremos todos os dias, todos os dias nós morremos um pouco mais, e a cada dia vamos nos aproximando do abismo da inexistência. É a explicação mais sublime que eu poderia imaginar. Talvez a mais honesta e que eu ei de contar aos meus filhos, se os tiver um dia.

Lamento não poder reunir todas as dores desse mundo em um só recipiente, colocá-lo ao sol e deixar evaporar, sumir, desaparecer.

Nada é mais deprimente do que a certeza de que o mundo é tão imenso e a vida tão curta e incerta. 

Cada um de nós, é dono de um peculiar e curioso ciclo vicioso de vida. Acreditar, desacreditar e tornar a acreditar no amor é um deles. Esse é sem dúvida o mais comum entre os viventes. Acreditar, desacreditar e tornar a acreditar na humanidade também é um deles. Acreditar, desacreditar e tornar a acreditar em qualquer outra coisa que seja, também é um exemplo. 

Isso nos define. Estamos sempre acreditando em algo, sempre em busca de algo, sempre caindo nas mesmas armadilhas, sempre acreditando que "dessa veze será diferente", sempre apostando nos mesmos cavalos, sempre marcando os mesmos números, pelo simples fato de acharmos que "comigo vai ser diferente". 

E para quê reclamar das manias então? Se nós mesmos fomos concebidos pelo maior círculo vicioso que poderia existir. Nascer, crescer, se reproduzir e morrer. 

E somos como personagens abobalhados em um roteiro de repetições infinitas e apresentações curtas. 

No fundo, vivemos procurando o sentido errado da vida. Quem pode garantir que ao menos tenha um sentido afinal.

Quem garante ao menos que não estejamos sonhando?!