terça-feira, 1 de setembro de 2009

O monte e o fortal

E em pensar que habitamos o mesmo planeta, e que estamos tão perto e ao mesmo tempo tão distantes um do outro, como serra e litoral. Banhados pelo mesmo sol e separados pela mesma distância que está entre o céu e as minhas mãos.
Ligeiramente utópico. Levemente alucinante.
Mais efémera que a sensação de liberdade é a sensação de sobriedade. Mais agradável que a solidão é encontrar na presença verbal, o conforto de uma companhia fisíca.
Sentir alguém em frases escritas e não apenas ditas, é como sentir o vento de primavera, que viaja as estações, os mundos, os lugares. Vem de longe.
Não posso ver, nem tocar. Mas posso sentir e ouvir, como uma música que embala a minha vida em pensamento.
Poder conhecer um timbre de voz, é como marcar a descoberta de um novo mundo em minha mente. A cada frase escrita, sinto soando em meus pensamentos como um turbilhão de sensações, o som da mais nova descoberta de um mundo em meu mundo.
Um mundo que é tão desconhecido e ao mesmo tempo tão previsível. Instigantemente, me atrai para essa zona eufórica do desconhecido.
E daí? quem é que pode dizer? quem é que tem todas as respostas? quem é que impede a minha mente de viajar no seu mundo?
PS: O monte e o fortal é um trocadilho que eu criei pra gente!

2 comentários:

  1. Num credito que te achei logo no primeiro post que tu escreveu....Isso de não poder ver nem tocar é coisa de gente sem oiós nem mãos...

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  2. Obrigado Edgar, você estreiou a minha postagem... ah, isso de não poder ver e tocar é coisa de gente sem coragem isso sim...

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