terça-feira, 1 de novembro de 2011

Bad day for me

Sim, na vida existem os dias bons. Mas também existem aqueles em que as comportas do universo de problemas se abrem. Aqueles em que a Lei de Murphy faz todo sentido e qualquer melodia de Blues em um raio de 3 km pode provocar o maior número de lágrimas possível.

É incrível como todo o controle da vida pode se esvair com um simples amanhecer. Nós, seres humanos, cheios de nós mesmos e confiados em nossa inteligência, ao menor sinal de mudança beiramos o declínio social.

É duro ver nossos planos todos desfeitos. Ficamos bravos quando a rotina não segue a linha que traçamos. E que engraçado, odiamos rotina.

Vivemos nossos dias baseados no que as notas verdes e coloridas podem nos proporcionar. Um mês sem algumas ou muitas à menos, pode ser o estopim do desespero.

A vida podia ser mais simples e se limitar à enfiar todos os seus problemas em um saco de papel, queimável. Mas quem toma conta dela? Eu dela, ou ela de mim?

De quem é esse roteiro piegas? De quem é a ideia dessas peripécias? Qual é a intenção desse teatro? Eu me pergunto como se não fosse normal indagar Deus e as forças do universo que me rodeiam.

Eu procurei a música mais deprimente para ouvir, e hoje, nesse dia, qualquer uma pode ter essa característica.

Não controlamos o rumo de tudo, principalmente o do destino. Se amanhã chove (espero que estejam compreendendo a metáfora), deixe chover, e faça mais, corra para a chuva e chore junto com o céu. Ninguém vai ver, eu garanto.

No final de tanta reclamação, eu não sei mesmo de quem é a culpa. Talvez seja da minha ansiedade. Pode ser talvez da minha personalidade desligada de compromissos. Quem sabe, sejam as palavras durar que proferimos e que como doenças vão nos corroendo dia após dia, fazendo com que nada esteja bem.

Existe um sentimento em nós que se chama remorso, e esse, sem dúvida alguma é o maior causador de morte à longo prazo. Te mata lentamente e com um sabor bem amargo.


Apesar de possuirmos tudo, não temos nada, e nada faz sentido se dentro de nós a paz não reinar.


Bom, esse rodeio todo é simbolo da minha prolixidade. Na verdade é bem simples, o dia não está nada bom, e se lagrimar é chorar, eu já deixei rolar uma enxurrada.

Hoje não há maquiagem, só olho fechado e rosto segurando choro. Amanhã é outro dia.



Um comentário:

  1. Na verdade adoro dias chuvosos, afinal no dia seguinte a uma chuva sempre há o sol! Dias só de sol não presta, deixa tudo muito perfeitinho e a perfeição é horrível!
    Viva a chuva!
    (e sim, eu entendi a metáfora!)
    ;)

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