Um dia você se descobre dançando conforme a música do universo. Um dia, você se olha no espelho e se vê a vítima perfeita da contradição. Você, um grande paradoxo do universo, sempre negando seus instintos, podando seus sentimentos e negando chances. Querendo no fundo, um par de oportunidades para sentir.
Quem é a figura no espelho. A alma tem correntes?
Universos ambulantes, falando sempre o contrário do que sentem, acumulando remorsos, escondendo qualquer resquício que deixe transparecer sua fragilidade, diante do inacreditável e piegas sonho comum de felicidade.
O mundo é um só, ele rodeia camas diferentes, mas no seu âmago queria um leito quente e único, onde nenhum outro corpo estranho pudesse chegar.
O grande protagonista da peça que encena a frieza. E dane-se o sentimentalismo e qualquer ruído de palpitação. O que se quer é emoção, suor e corpos entrelaçados fisicamente mas desligados totalmente das coisas abstratas, não palpáveis e intocáveis feito as coisas do coração.
É só fluxo, fluído, massa, corpo, calor, ardor, leveza e nada mais. Fácil falar, e isso, o mundo tem demonstrado bem. É fácil tornar a alma cativa da boca, que fala sem parar a contradição absoluta, e torna o abismo entro o que a boca diz e o que se quer na realidade.
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