domingo, 4 de abril de 2010

Dia frio de Abril.

Acordar em um dia qualquer e perceber que tudo ao seu redor é mais familiar do que o que está dentro de você faz o dia dia ficar péssimo.
Nos deparamos com o reflexo vago em um espelho embaçado, daquilo que imaginamos representar quem somos, quem aparentemente somos.
Em manhãs frias, somos tomados pela duvida cruel que introduz o nosso ser a um dilema sem fim. Afinal, o que sentimos? Qual o nome do mar bravio que se move dentro de nós?
Diante de tantas indagações nos vemos ainda inertes em uma cama.
Toda a agonia de uma vida sem respostas se resume em simples Blue notes.
Então, que se estenda sobre o mundo exterior a voz que canta em silêncio dentro de um ser em conflito. Se é amor ou ódio o tempo é quem vai dizer. Na disputa entre saber e ignorar, a música levará o prêmio, e o ser que não sabe quem é, será então bem mais que uma simples canção.
Quando tudo estiver em ordem, quando poesia não se confundir com discurso, quando tudo que é proferido não tiver mais sentido, então é hora de abrir os olhos e encarar a vida. Por que o mundo é imensidão, e nós somos pequeninos.
Em um dia qualquer de tristeza, disfarce o sentimento com música, ninguém precisa saber das nossas fragilidades, é segredo.

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