sexta-feira, 16 de abril de 2010

Uma noite de quinta.

A natureza interior em contrito, dissimula o vislumbre da velha alma.
Há dias na vida, em que tudo o que faz sentido é o simples fato de olhar ao redor e não ver clareza nas atitudes humanas.
A vida corre como um cavalo veloz,e não espera por ninguém como um relógio covarde. Deixa o tempo frio e o amanhã incerto.
Dias de chuva trancam no aconchego do ser os pensamentos mais profundos e insólidos, proporcionando a alma momentos de reflexão entre o silêncio e a razão.
O silêncio é o ponto de partida para uma busca interior. Tudo que o mundo desconheçe habita por tras do olhos da alma. Toda a riqueza de um ser está escondida...
É preciso um olhar mais profundo para ver aquilo que só se pode sentir.
A razão abraça a lógica, sabota a emoção e coloca em "xeque" qualquer tentativa do coração. Se o ser só precisa de razão, então que a tenha para perceber que o mundo já não é bom o bastante para viver sem emoção. É preciso deixar o coração bater mais rápido que de costume, para lembrar em fim, que a vida é bem mais que existência.
Isso é o que se passa em uma mente, quando o silêncio proporciona uma busca interior sobre a vida, sobre os dias, sobre as horas de espera na calçada em uma chuvosa noite de quinta.

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