domingo, 20 de junho de 2010

Loucura

Essa dor pontiaguda que domina minha cabeça, é a prova mais concreta da minha loucura.
Eu desperto em uma manhã fria com o ser completamente tomado pela tempestade. Aquele sol que brilhava ontem não me dá mais certeza nenhuma de nascer outra vez.
O corpo todo sente o que a alma não consegue dominar. A vida inteira paga o preço de uma voz gritando em meio a madrugada.
Aos poucos o ar doce do verão dá espaço a amargura sem razão.
O que resta para a alma confusa é afogar-se em copos rasos de alegrias momentâneas...
Por um instante é como se toda inspiração escorresse pelos cantos da boca com o gosto mais amargo da certeza indigna.
Já é dia sobre a noite e continua escuro. Já é lucidez sobre a loucura e continuo confusa.
Ninguém imagina o quanto a tristeza pode lhes pegar desprevenidos...
Se existe um dia ruim reservado para cada um, a minha cota de fuga já extrapolou, não dá pra fugir dos dias ruins... só não vale se afogar em ilusões...

Estar sóbria me faz ver que a verdade está na liberdade da alma. A minha gritou alto ontem... mas só eu entendo o que ela quis dizer.


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