Idiossincrasia...

Com o tempo se aprende o valor de ser invisível. Com o caminhar dos dias, a personalidade aprende a reconhecer os segredos que se escondem em simples atos como: gostar, ou querer gostar de alguém.

Há perigos nas entrelinhas daquilo que o coração escreve. Não se pode cair totalmente inconsciente nas armadilhas dos sentidos.

Exigimos demais de nós mesmos certas vezes, e esquecemos que o mundo não é habitado por pessoas perfeitas. Mas, entre ser um imperfeito consciente que nunca busca aprender com os erros, prefiro ser apenas um ser humano errante inconsciente.

Os seres humanos possuem a incrível habilidade de se auto-convencer de alguma coisa. Tento me convencer todos os dias, que chegará a hora em que aprenderei a agir diante das situações da vida, olhar para mim e me perguntar "como fui capaz de cometer um erro assim?".

Costumo dizer que a vida é uma escola em que os professores são uns sacanas. Ou você aprende sozinho com suas experiências e erros, ou você vai viver para sempre como um imperfeito consciente.

Todos tem o seu momento de idiossincrasia, uma hora todos se dão conta do que devem ou não mudar em si próprios. Um dia todo mundo olha no espelho e percebe que há algo de errado na alma.

Eu sempre me vejo em situações assim. Parece que tenho a mais plena certeza de algo, e em outro instante vejo todas as cartas fora do baralho tornando meu jogo confuso.

Com o tempo se aprende a não criar expectativas sobre qualquer coisa. O melhor, já dizia uma velha amiga, é desligar-se da questão e surpreender-se em um dia qualquer.

Com o caminhar dos anos se adquire a sabedoria para perceber que o extremismo não te dá só os extremos, te dá um turbilhão de sentimentos que as vezes é impossível controlar.

Você pode até conviver com a idéia de estar amando ou estar odiando, estar feliz ou estar triste, estar apaixonado ou estar deprimido, afinal tudo na vida requer escolher um lado.

O extremismo já me levou ao céu, mas também já me fez chegar no inferno. Eu já escolhi, já joguei meus dados, já fiz apostas, mas estar em cima do muro nunca foi minha atitude principal.

Eu já me permiti cometer alguns erros. Já me precipitei algumas (muitas) vezes. Já me convenci que amava, decidi um dia que odiava, assumi que me arrependi e a vida continua como um ciclo vicioso de falhas, erros, arrependimentos e acertos.

Textos movidos pelo calor dos fatos que vivemos não precisam de desfecho emocionantes, eu já desabafei, é só.